06 jan Pontos de atenção em governança de integridade de terceiros para 2025
O ano de 2025 se inicia em um palco turbulento de acontecimentos. Conflitos geopolíticos em andamento, regimes autoritários emergindo, grandes economias revisitando sua estratégia de influência global, questões ambientais persistentes, transformações climáticas implacáveis, acentuação do distanciamento entre classes sociais, agravamento da polarização no plano político, dentre outros desafios. No Brasil, soma-se a este quadro uma percepção de expansão do crime organizado, pressões inflacionárias, um horizonte com política monetária mais restritiva, uma gradual deterioração do equilíbrio fiscal e previsões de desempenho modesto em diversos segmentos de mercado.
Este é um cenário propício a um aumento na ocorrência de certos tipos de eventos eticamente reprováveis, tais como fraudes financeiras, ações terroristas, tráfico internacional de drogas e armas, corrupção, lavagem de dinheiro, desinformação política e fake News, crimes ambientais, infrações à ordem econômica e outros acontecimentos do gênero.
O que estes eventos têm em comum? Basicamente três atributos: (1) todos eles retratam, em última análise, desvios ético-reputacionais praticados intencionalmente; (2) todos eles ocorrem de forma silenciosa, sub-reptícia; e (3) todos eles podem produzir efeitos nocivos relevantes para os agentes econômicos, especialmente empresas, governos e a população em geral.
Estreitando o nosso foco ao agente econômico “empresas” e em comparação com anos anteriores, 2025 anuncia um potencial aumento na quantidade e severidade de desvios ético-reputacionais associados a fornecedores, clientes, parceiros, autoridades e outros stakeholders presentes no relacionamento comercial e institucional das organizações (coletivamente, os terceiros). Em suma, os ecossistemas corporativos devem experimentar um aumento do risco de integridade de terceiros em 2025.
Uma vez que os riscos de integridade de terceiros tendem aumentar em 2025, é natural que as organizações fiquem proporcionalmente mais expostas a perdas financeiras, a restrições regulatórias graves ou a prejuízos à imagem de marcas ou do empreendimento como um todo.
Heat Map – Risco de integridade de terceiros (ilustrativo)
Por tais razões, é fundamental e prioritário que as organizações realizem uma revisão cuidadosa de seus mapas de riscos e intensifiquem suas práticas de governança de integridade de terceiros, com ênfase em mecanismos de prevenção.
Sobre estes mecanismos, vale comentar que as tecnologias atualmente disponíveis no mercado conferem um nível de eficiência bastante elevado, além de oferecerem maior alcance de dados, melhor suporte em comunicação, documentação segura e uma visão mais assertiva dos riscos existentes.
Como consequência da ampliação no emprego de tecnologia, a organização poderá alocar seus recursos profissionais às atividades de maior valor agregado, tais como julgamento a respeito do grau de risco enfrentado, definição de salvaguardas adequadas, orientações preventivas às áreas de negócio e, quando algum risco se materializar, disponibilidade de talentos capacitados para estabelecerem e atuarem nas ações de resposta mais eficazes.
Alguns exemplos de práticas de compliance de integridade de terceiros que podem ser suportadas com tecnologia intensiva incluem: due diligence de integridade, questionários de onboarding, monitoramento de compliance, confirmação de conflitos de interesses, dentre outras (diagrama ao lado). Desejando saber mais sobre essas possibilidades, fale conosco em https://ethquo.com.br/contato/ .
Reserve um tempo no começo de 2025 para revisar cuidadosamente seu mapeamento de riscos de integridade de terceiros, à luz das projeções econômicas, políticas e mercadológicas aplicáveis ao seu negócio. É o momento exato para refletir sobre as práticas e controles aplicados aos seus processos, fortalecendo-os onde couber, maximizando, assim, a proteção de valor na sua organização – e pode contar com a tecnologia como sua aliada nesse sentido!
